Morte de Steve Jobs, aos 56 anos,
repercute em todo o mundo
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Morte de Steve Jobs, aos 56 anos,
repercute em todo o mundo
Steve Jobs travou uma longa batalha contra o câncer de pâncreas. Ele criou e recriou a empresa mais valiosa do planeta: a Apple.
Calça jeans, camiseta preta e tênis
– este era o uniforme de gênio. Todos se acostumaram a parar com atenção para
ver Steve Jobs anunciar uma nova “febre” que surgia. Ele mudou e moldou boa
parte do mundo em que vivemos. Transformou a Apple na empresa mais valiosa do
mundo. Morreu na quarta-feira (5), nos Estados Unidos, aos 56 anos. O homem
ousado, inovador, quase tinhoso e perfeccionista ao extremo, costumava
resumir suas invenções em uma frase curta: “Simplesmente funciona”.
Steve Jobs se descrevia como o
pirata que virou capitão do navio. Ele veio do movimento dos hippies da
Califórnia nos anos 1960 e 1970. Foi para Índia fazer um retiro espiritual.
Virou budista e era adepto das drogas psicodélicas antes de virar pelo avesso
o mundo da alta tecnologia.
Ao lado do amigo Steve Wozniak,
criou o primeiro computador pessoal na época em que a computação era feita em
máquinas gigantescas, restritas a grandes empresas, universidades e órgãos
governamentais. Foi o início de uma revolução cultural: o nascimento da era
digital.
Em 1976, com dinheiro de
investidores, fundou a Apple, uma maçã que já nasceu mordida. Uma referência
bíblica a Adão e Eva, onde a maçã representa o fruto da árvore do
conhecimento. Steve Jobs tinha apenas 20 anos.
Ao convidar para a direção da
empresa o executivo de um grande fabricante de refrigerantes, Jobs disse:
“Você quer vender água com açúcar para o resto de sua vida? Ou você quer vir
comigo e mudar o mundo?”. A frase mostra a personalidade de Steve Jobs:
visionário, criativo e desafiador.
Assim a Apple foi crescendo e
inovando. Em 1984, veio o Macintosh, que, aliás, é um tipo de maçã. É o
primeiro computador com interface gráfica e mouse. Apesar do sucesso na
época, a Apple não dominou o mercado de computadores.
Steve Jobs não abria mão da fórmula
e do design. Ele queria ter o controle sobre toda a produção – e isso custava
caro. Os produtos tinham de ser feitos nos Estados Unidos. A ousadia do jovem
visionário foi demais para o mundo dos negócios. Um golpe interno afastou Jobs
da empresa.
Longe da Apple, ele fundou outra
companhia, a Pixar, produzindo alguns dos melhores filmes de animação já
feitos, a começar por “Toy Story”. A Pixar acabou comprada pela Disney, onde
Jobs se tornou o maior acionista.
Em 1996, depois de 11 anos de
exílio, Jobs voltou à empresa que fundou. A Apple estava à beira da falência,
mas aos poucos, com o lançamento de produtos inovadores com o iPod, o iPhone
e o iPad, a Apple foi conquistando mercado até se tornar este ano a empresa
de maior valor de mercado dos Estados Unidos. Ao todo, 300 milhões de iPods
foram vendidos em dez anos, 128 milhões de iPhones desde 2007 e 29 milhões de
iPads nos primeiros 15 meses.
Steve Jobs era um perfeccionista
que exigia funcionalidade casada com elegância e bom gosto. A maneira como
nós interagimos com as computadores e telefones, tocando nas telas, usando e
trocando música, imagens, mensagens e textos – tudo isso veio da visão de
Steve Jobs.
Em 2004, Steve Jobs descobriu que
tinha uma doença, um tipo raro de câncer no pâncreas.
Em 2005, falou sobre isso publicamente em um famoso discurso para os alunos da Universidade Stanford. “Lembrar que logo vou estar morto é a mais importante ferramenta que eu já encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas na vida”, declarara Jobs.
O inventor da era digital deixa uma
mensagem fundamental sobre a transitoriedade da existência, nas palavras de
Steve Jobs aos jovens: “A morte é a melhor invenção da vida. É o agente da
mudança. É o que afasta o velho para dar lugar ao novo. Lembrar que você vai
morrer é a melhor maneira de evitar a armadilha de pensar que você tem algo a
perder. Seu tempo é limitado. Tenha a coragem de seguir o que seu coração
manda”.
A empresa Apple divulgou em sua
página na internet uma mensagem lamentando a morte de seu fundador. O
comunicado diz: “A Apple perdeu um gênio criativo e visionário. O mundo
perdeu um ser humano maravilhoso. Aqueles de nós, que fomos sortudos o
suficiente de conhecer Steve Jobs e trabalhar com ele, perdemos um amigo querido
e um mestre inspirador. Steve deixa para trás uma companhia que só ele
poderia ter construído e seu espírito vai ser para sempre o fundamento da
Apple”.
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Esportes
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
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